quarta-feira, julho 19, 2006

Um pequeno Delírio

Pela morte

Perguntarei á morte o que é estar sem ti
Numa lânguide madrugada de abril,
Num estado de semi- loucura febril
Pedirei á morte para falar de si.

Sou eu, toda esta escuridão
A qual um dia vou-te apresentar,
Nestes labirintos para sempre vou ficar
Sem céu á vista e espinhos no chão.

Com mil bruxas espero dançar
Em mil e um dias da minha morte,
Contra as magias direi que tenho a sorte
De a mais bonita de todas me amar.

Miguel Linhares - Angra do Heroísmo, 12 de Março de 2002

2 comentários:

Anónimo disse...

Poema muito bem articulado e com uma maturidade técnica e temática irrepreensíveis. Keep up the good work!

Abraço

Anónimo disse...

Delirante. Parabéns.