Pela morte
Perguntarei á morte o que é estar sem ti
Numa lânguide madrugada de abril,
Num estado de semi- loucura febril
Pedirei á morte para falar de si.
Sou eu, toda esta escuridão
A qual um dia vou-te apresentar,
Nestes labirintos para sempre vou ficar
Sem céu á vista e espinhos no chão.
Com mil bruxas espero dançar
Em mil e um dias da minha morte,
Contra as magias direi que tenho a sorte
De a mais bonita de todas me amar.
Miguel Linhares - Angra do Heroísmo, 12 de Março de 2002
2 comentários:
Poema muito bem articulado e com uma maturidade técnica e temática irrepreensíveis. Keep up the good work!
Abraço
Delirante. Parabéns.
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