quarta-feira, janeiro 10, 2007

Segundo o “EXPRESSO” - Angra é a melhor cidade dos Açores para viver

Fonte - A União / Texto - Pedro Ferreira

Angra do Heroísmo é a melhor cidade do Açores e a quinta melhor cidade do país para se viver em 2007, segundo a classificação de um trabalho efectuado e publicado na última edição do semanário “Expresso”.No ranking de 40 cidades portugueses, a primeira urbe a ser classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade, está, apenas, atrás de Lisboa, Guimarães, Évora, Porto e Aveiro.
Entre os parâmetros de avaliação que colocam Angra do Heroísmo à frente de Ponta Delgada, Coimbra, Funchal, Faro, entre muitas outras, estão 20 critérios: acessibilidades, sinalética, fluidez de tráfego, oferta cultural, espaços verdes, qualidade urbanística, comércio, relação com a água e a paisagem, equipamentos desportivos, estacionamento, segurança, animação nocturna, alojamento turístico, restauração, equipamentos sociais, património, governança e cidadania, capacidade de atracção estudantil, desempenho económico e qualidade dos espaços públicos.Publicado na revista “Única” (suplemento ao semanário), este estudo coloca Angra do Heroísmo “numa posição muito interessante”, mas que acaba por resultar, também, “de todo o trabalho que temos vindo a desenvolver nos últimos tempos nesta nossa cidade, no nosso concelho e pela nossa ilha”, afirmou-nos José Pedro Cardoso, presidente da autarquia distinguida pelo trabalho do “Expresso”.
Pontos de realce nesta classificação “das melhores cidades portuguesas para viver em 2007”, são, relativamente à urbe da ilha que já foi capital do Reino, são os que dizem respeito à “qualidade urbanística” e à “segurança”. Numa escala de pontuação de zero a cem, nestes dois itens, Angra merece 70 pontos.Porém, é a “qualidade dos espaços públicos” que merecem maior relevo neste trabalho. Consideram os seus autores que “não é por acaso que Angra foi a primeira cidade a ver o seu centro histórico receber o galardão da UNESCO, já em 1983”. “A Fénix renascida do terramoto de 01 de Janeiro de 1980 mantém um notável equilíbrio entre as exigências logísticas que o seu papel no arquipélago impõe e a persistência da memória”.Para além destas considerações, o estudo frisa, igualmente, o facto de em Angra “se preservar a arquitectura tradicional açoriana”.
Com um total de pontuação, nos 20 critérios avaliados, de 1210 pontos, somente 95 pontos atrás da primeira classificada (Lisboa), Angra destaca-se das outras duas antigas capitais de distrito: Ponta Delgada surge na sétima posição (com 1175 pontos) e a Horta, no universo de 40 cidades, é a 24ª (com 1025 pontos).Se exceptuarmos os parâmetros “qualidade urbanística” e “segurança”, que foram os mais pontuados, constata-se, ainda, que a capital da ilha Terceira merece destaque pelo seu comércio, espaços verdes, relação com a água e a paisagem, alojamento turístico e restauração.

Património esquecido

Não deixa de ser curioso que, todavia, o item Património não tenha sido pontuado mais elevadamente, facto que pode dar que pensar, nomeadamente por algumas queixas/protestos relativas à não manutenção do edificado ou à construção de infraestruturas alicerçadas na designada arquitectura contemporânea.Se olharmos, entretanto, para o reverso da medalha, vamos analisar que o estudo do “Expresso” coloca a nu as principais dificuldades sentidas no dia-a-dia pelos angrenses. Isto é, neste trabalho avaliativo, verifica-se que as pontuações mais baixas aplicadas a Angra do Heroísmo têm que ver com factores como a sinalética, a fluidez de tráfego, o estacionamento e, muito importante, a governança e cidadania. A título de comparação, Ponta Delgada perde para Angra nos critérios referentes à sinalética, nos espaços verdes e qualidade urbanística, equipamentos desportivos, segurança e restauração, mas ganha em aspectos como fluidez de tráfego, relação com a água e a paisagem, estacionamento, animação nocturna, alojamento turístico, governança e cidadania, capacidade de atracção estudantil e desempenho económico.
Os pontos altos da cidade presidida por Berta Cabral são dois: relação com a água e a paisagem e alojamento turístico.Já a cidade da Horta, na ilha do Faial, tem no desempenho económico o seu ponto fraco e na segurança e relação com a água e paisagem os seus pontos fortes.Se, por um lado, este trabalho é motivador para os cidadãos angrenses, por outro, o mesmo deve ser encarado pelas autoridades responsáveis pela gestão da coisa pública como instrumento de trabalho para que se encontrem soluções que possam, de futuro, melhorar as performances alcançadas para o ano de 2007.

Nota - Não podemos deixar de ficar felizes com esta notícia, mas também prudentes e pensar melhor o futuro...

Sem comentários: